quinta-feira, 11 de março de 2010

A ligação Rompida









A palavra não ouvida
A presença não notada
A fala não lida.
A presença de uma criança
Surge e logo e em prensada
E morre o direito de se expressar
A boca aberta já fechada
Somente temporário... Ou talvez para sempre?

Como a luz do vagalume
Fraca e indefesa
Mas brilha a noite
Com aquela luz pequena
Mas a luz sozinha solitária
Fraca e indefesa
Apaga-se devagar diante do imenso treva-da-noite.

Aquele cravo que um dia brotou
Agora já mocha sem vida
Soltou único pensamento
Esperança de chover algum dia
Agora chove sem parar
O céu cinzento
Que um dia só sorria
Sem perceber a existência do cravo.
Agora só chora sem parar
E o céu nunca mais foi azul
Todo tempo cor mocha
Igual o cravo sem vida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Muito obrigado! volte sempre!!